bonequeiras em Quilombolas e mãos, muitas delas

Me emociono sempre que vejo esta foto.

Imaginar que trata-se de um grupo virtual, formado por pessoas de todo canto do Brasil e algumas até de fora; por se tratar de um trabalho voluntário de pessoas movidas (dentre outras coisas) pela própria peculiaridade do grupo, que busca comunidades acessíveis que aceitem receber num dia qualquer um presente inusitado, inesperado.

Presente este feito à mão. Pedaço por pedaço. Ao olhar esta imagem fico imaginando as mãos que escolheram tecidos e linhas, cortaram e costuraram os pedaços todos, fotografaram, embalaram, e enviaram os bonecos prontos, de alguma forma, para o local onde todos se encontrariam para essa “pose coletiva”. E esse foi só o início da viagem.

Outras mãos embalaram tudo novamente e entregaram um a um a uma criança que estava de mãos abertas… A aceitação, embalada por uma pitada de desconfiança a princípio e que em seguida dá lugar a entrega à surpresa é o desfecho genial desta história. Aceitar surpreender-se não é fácil. Mas os pequenos sabem como fazer isso. E acho que é disso que tratam as ações deste grupo: provocar momentos assim, de contemplação, de suspensão, daquela sensação de “tem algo acontecendo aqui”.

E é feito à mão…

É isso mesmo que você pensou: este é um dos monstrinhos sem dono (daqui) que encontrou um dono enfim. E, ganhou nome lindo: TIPORA!! E foi jogar futebol, pois seu novo dono é bom de bola… Um presente feito à mão para um menino que adora brincar com os pés… não parece perfeito? Pra mim, foi.

“Vou te contar, os olhos já não podem ver

coisas que só o coração pode entender…”

8 comentários sobre “bonequeiras em Quilombolas e mãos, muitas delas

  1. Ah! Patrícia,

    Os presentes foram para eles, mas as emoções vieram visitar nossos corações…
    Obrigada por compartilhar de uma maneira tão doce essa experiência de afeto.
    Abração carinhoso.

    Regina Coeli

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  2. Cada linha, retalho ou forma escolhidos para encher os olhos e arrancar “um” sorriso. Tenho muito orgulho de fazer parte das Bonequeiras sem fonteiras e me sinto acariciada nos braços e abraços de cada criança atingida com nosso amor.
    Abraços
    Marta Andrade

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